Planos de migrar sua estrutura para nuvem?
⌛ TEMPO DE LEITURA: 3 MINUTOS
A maior parte das empresas está migrando suas aplicações de negócios para infraestruturas baseadas em nuvem (Cloud Computing), em busca de vantagens como agilidade, inovação e crescimento exponencial. É o que aponta um estudo recente realizado pelo SAS Brasil com 286 executivos C-level das áreas de tecnologia e análise de dados de grandes empresas da América Latina, dos quais 180 brasileiros de companhias das áreas de varejo, telecom, setor público, serviços de utilidade pública, indústrias, serviços financeiros e bens de consumo.
A percepção é de que 80% dos clientes têm ou terão um projeto baseado em Cloud Computing nos próximos 12 meses. "A nuvem está definitivamente se tornando um território familiar", destaca o diretor de marketing do SAS América latina, Kleber Wedemann, que esteve à frente da pesquisa, realizada no primeiro trimestre de 2019.
O estudo revela que a tecnologia de nuvem já é uma realidade dentro das empresas quando se trata da aplicação de Analytics: 39,47% dos executivos informam que uma migração para a nuvem está prevista para os próximos 6 ou 12 meses; 27,19% afirmam que já possuem casos de uso de análise de dados na nuvem; e 11,40% informaram que possuem aplicações analíticas na plataforma, mas enfrentam problemas com a sincronização de dados.
- Falta de experiência
Ao mesmo tempo em que a pesquisa revela uma tendência de migração para aplicações em nuvem, ela também evidencia a falta de experiência das organizações em lidar com a infraestrutura baseada nessa tecnologia. 47,37% das empresas reconhecem que não têm as habilidades necessárias para migrar e gerenciar uma operação baseada em nuvem, mas estão considerando fazer isso internamente. Já 27,19% procuram um fornecedor externo que possa apoiá-las com essas habilidades, e 25,44% dos entrevistados indicaram que já possuem uma equipe de DevOps (Desenvolvimentos e Operações) treinada em Nuvem.
Para Wedemann, sem acesso a um conjunto sólido de conhecimentos relevantes, a capacidade da organização para aproveitar ao máximo os benefícios oferecidos pela nuvem será limitada. "A migração para a nuvem é uma operação complexa, é preciso contratar e reter os recursos certos. Por conta disso, um grande número dessas empresas está procurando fazer as migrações com um provedor de serviços especializado."
- Estratégia de migração
Outro dado relevante da pesquisa mostra que 37,72% das empresas, dentro da sua estratégia de migração para a nuvem, consideram a adoção da tecnologia de contêineres com pouco código, que permite que processos isolados sejam executados em um mesmo sistema operacional.
O ideal, segundo Wedemann, é a adoção de uma estratégia combinada para suportar a estratégia de migração dos clientes. "Essa combinação de contêineres com Analytics é transformacional para a estratégia dos nossos clientes. É o tipo de migração que demanda pouca recodificação e que resulta em muita vantagem de custo-benefício de armazenamento, graças à tecnologia que o contêiner possibilita", aponta o diretor.
As outras tecnologias disponíveis são as de reprogramming, na qual as aplicações são recriadas ou reescritas para rodar num ambiente diferente, apontada por 32,46% dos executivos da pesquisa; e a de rehosting, na qual a aplicação é movida para uma nuvem pública, uma opção mais barata e simples, preferida por 29,82% dos respondentes. Cada tecnologia conta com custos, aplicações e benefícios diferentes.
- Segurança da informação é a maior preocupação
A preocupação número um dos tomadores de decisão de TI e analistas de dados na hora de migrar os aplicativos para a nuvem é a segurança da informação (66,67%), seguida pela sincronização dos dados (57,02%) e pelo Acordo de Nível de Serviço – ANS (22,81%).
A segurança da informação é justamente um dos principais benefícios que o armazenamento em nuvem pode propiciar para as empresas, bem como a redução de custos, flexibilidade dos ambientes e redução do Custo Total de Propriedade (TCO). "Além de todos os benefícios atrelados que uma aplicação de cloud propicia, como distribuição do acesso, mobilidade e a contribuição direta para a transformação digital da empresa", finaliza Wedemann.
Fonte: tiinside.com.br